quinta-feira, 22 de abril de 2010

Teus Lábios.

Nos teus lábios vermelhos, me encontrei. O teu beijo molhado se tornou meu vício.
Mas aos poucos, tudo foi escurecendo. Na imensidão negra, vaguei sem rumo.
Nadei no mar azul, que se formou com minhas próprias lágrimas.
Foram tempos difíceis, lutando contra as ondas salgadas, que escorriam de meus olhos castanhos.
Porém, um dia, tudo amanheceu melhor.
Abri a janela. A luz do sol, arrebatadora, invadiu minha alma. Meus olhos esverdearam-se. A esperança voltou a abrigar o corpo daquela que se perdeu da vida; que se mostrou, até então, menos do que é verdadeiramente.
O abraço apertado de um outro alguém, me conforta agora. Só muito depois é que vem a saudade, a boca vermelha, o beijo molhado.

2 comentários:

  1. Bom, entre as linhas tortas de um texto, percebemos a formação do caráter poético de alguém; quando digo caráter, refiro-me à presentificação da face desta poeta, a qual, vi nascer durante as minhas monótonas aulas de língua portuguesa, quando todos os sonhos ainda eram velados pelo coração. Percebam que o que está diante de vocês não são somente linhas de um ser humano recém descoberto à luz dos seus doze anos, mas um menina que guarda propriedades literárias. És pois nisso que se forma um poeta, na necessidade de contar algo que o torna parte deste mundo. Parabéns.

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  2. você já sabe todos meus comentários!
    genial, priminha. :*

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