Se me perguntarem por onde tudo começou, responder será impossível.
Foi no desenrolar das conversas, no começo da amizade, nos sorrisos, nas risadas.
E aquele olhar te condenou. Era perceptível, ao longe, que se encontrava em estado de hipnose.
''Que sentimento é esse, que vem aqui de dentro?!''
E, debaixo do cobertor de estrelas, encontramos o amor escondido. O amor que fazia borbulhar nossos pequenos grandes corações.
Os lábios se tocaram delicadamente, sem pressa de se separarem. Uma, duas, três, quatro, cinco, mil vezes!
As mãos suadas sempre entrelaçadas. Olhos nos olhos e as palavras mais lindas.
''Como é bom esse tal amor!''
Mas, a tão temida ''hora do adeus'' chegou. Abruptamente arrombou as portas de nossas moradas. Nos assustou, mas continuar firmes e fortes foi necessário.
Sua tristeza era tanta que preocupava a qualquer um, principalmente a mim.
''E agora? O que será de nós?!''
Mesmo com as promessas que fizemos um ao outro, de que o ocorrido não nos deixaria tristes, foi impossível evitar que as lágrimas escorressem por nossas faces juvenis.
As bocas, não mais virgens, necessitavam uma da outra. E os braços sentiam a falta de um corpo para acolher.
''Onde estás, meu amor?!''
Sofrer: inevitável.
Raramente podíamos nos comunicar.
As vidas, tão diferentes, nos impediram de manter um contato constante. Mas, de longe, podíamos imaginar o que o outro estava fazendo; o que estava sentindo; o que estava pensando.
Mesmo com a distância, nenhum de nós sentia-se só - tínhamos um ao outro.
''Quero estar junto a ti em julho!''
Tanto desejamos, que se concretizou: sim, estaríamos juntos em julho!
''Espere-me, meu amor! Estarei aí com você!''
Mas, algo estranho aconteceu em seu coraçãozinho. Lindo coraçãozinho que a mim pertencera!
Palavras inversas a tudo o que já havia dito, jogadas em mim, sem nenhum receio.
Assim disse ele: ''É melhor esquecer de tudo e voltar à rotina normal, fazer o que fazíamos desde sempre, só isso''.
''Não é com o garoto doce, por quem me apaixonei, que falo agora. Garoto meigo que prometeu esperar-me o quanto fosse necessário!''
É, realmente as coisas mudam com o tempo.
O que não consigo entender é: se trouxemos toda a nossa história até aqui, por que não esperar mais algum tempo, até que chegue o mês de julho?
Porém, a única pessoa capaz de responder minha pergunta é ele. Então, provavelmente ficarei sem saber.
''E é o fim...''
Encolhida no tapete da sala, chorei. Chorei para o mundo ouvir. Chorei sem medo.
Com a cabeça latejando, pensei. Pensei inúmeras coisas, das quais nem consigo me recordar.
Com o corpo adormecido, senti. Senti falta. Senti medo. Saudade. Raiva. Ódio. Dúvida... Amor!
''Porque ainda te amo? Por que?!''
''Toda rosa é rosa porque assim ela é chamada
Toda bossa é nova e você não liga se é usada
Todo carnaval tem seu fim
Todo carnaval tem seu fim...
E é o fim
E é o fim
Deixe eu brincar de ser feliz
Deixe eu pintar o meu nariz!''
Agora, me faz bem ouvir a música no último volume e sentir seu ritmo pulsando em minhas veias.
O abraço de um outro alguém; os amigos ao meu redor. As gargalhadas; a vontade plena de esquecer dos problemas... Ser simplesmente feliz! Isso me faz bem!
Talvez, amanhã eu prefira escutar atentamente o som do silêncio.
Ficar sozinha; refletir sobre a vida. E, chorar um pouco...
Cada dia desejo algo diferente. Cada dia sou algo diferente.
Não sei ao certo o que quero. Mas não me importa saber.
O que desejo mesmo é descobrir o mundo! Exatamente por isso estou aqui, agora.
(Desculpem-me pelo texto, talvez um pouco confuso, mal escrito e sem um final definido. Ele se compara à minha vida, que encontra-se exatamente assim: confusa, sem definição...
E dedico esse texto à você, meu querido! Mesmo que, talvez, nunca o leia.
Saiba que fui muito feliz enquanto estive ao teu lado).
Franklin me mandou uma mensagem com as seguintes palavras: "Ah, o novo da sua priminha ta demais!". Sentei em frente ao computador e digitei com pressa o edereço escolhido por nós; a foto sorridente, o fundo cinza, detalhes em roxo, e lá... seus devaneios. Ao ler o título, inconscientemente, comecei a cantarolar a música da banda que tinha te "apresentado" uns meses atrás! Primeiramente, esbocei um sorriso lembrando dos dias daquele carnaval em que você estava completamente euforica. Era só sorrisos.
ResponderExcluirLogo, a primeira lágrima.(Amores sempre trazem consigo uma porção delas)
Dias em que apenas estive ao seu lado para te abraçar e dizer que não era o fim, que vocês ja tinham sido cativados um pelo sorriso d'outro.
Veja só que irônia: eu, mais uma vez, lhe dizendo que não é o fim. Da primeira vez que lhe disse que o fim não tinha chegado, ele não chegou, como você pode perceber...
Agora, basta você aceitar(ou não) que todo canaval tem seu fim, mas lembre-se que todo aquele "estranhamento" não se vai tão vacilmente.
Lindo texto, priminha!
p.s: Eu estava te mandando uma mensagem, mas não estava cabendo. hahaha resolvi, então, postar um comentário! Isso é só para explicar o porque desse suuuuper carater pessoal de nós duas. Te amo muito, minha pequena.
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ResponderExcluirnossa alice ficou muito bom muito bom mesmo,eu me amocionei muito,ainda mais por saber que nao é uma simples história inventada da sua cabeça e é real.te amo linda s2
ResponderExcluirHa alguns dias, eu assistia a uma apresentação da Osesp. O maestro discorria brevemente sobre a vida dos autores das peças, antes que fossem executadas.
ResponderExcluirPréviamente ao início de uma peça de Siberius, o maestro descrevia a situação de desespero do compositor em questão, frente a um câncer na garganta.
Isso tudo à parte, o mais importante vinha depois. "Ainda bem que na época não existiam antidepressivos, ou isso jamais teria saído".
Não desejo, em específico que a senhorita sofra, mas... se for esse tipo de texto, e memórias que vierem... Pelo menos temos algum lucro das suas situações ruins.
Sofrer não é bom, mas ensina.
Continue assim, little lady alice.