Acomodava-se, morenice de jabuticabeira
banhando-se aos feixes de luz:
Pendiam eles desiguais por seus ombros
como ramos primaveris em pleno desabrochar.
Erguia-se, então, em meia ponta de desejo
e, ouvido adentro, acomodava sussurro quente,
quase cantarolado:
“Chega de saudade”.
Sussurro do qual se fez vermelhidão abrasadora.
Da boca, fez-se gosto doce,
gosto doce de jabuticaba.
Dos braços, fez-se entrelaço,
entrelaço de aconchego.
“Chega de saudade”
repetia, como se deve ser, morenice de sempre farta jabuticabeira.
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