terça-feira, 6 de novembro de 2012

Do verbo "haver".

Há quem chegue de mansinho e cordialmente nos tatue sorrisos sem prévia permissão.
Sorrisos esses os mais lindos:
Espontâneos.

Há voz que nos ilumine manhãs.
Gestos que nos iluminem olhos.
Poesia que nos ilumine a vida.

Há quem nos cative inesperadamente.

Há quem assim seja.

Não obstante, há de ter sorte quem lhe encontra.
E ainda mais sorte, quem por esse se deixa encontrar.

Sabe, senhor, o ‘gostar’ não se explica assim facilmente.
E é a minha verdade: te gosto inexplicável.
Te gosto indescritível, inenarrável, inalcançável.

Tu que entoastes a mim lindo cântico, agora sou eu quem a ti entoa:

“[...]
Venha, vamos botar o pé no chão
S’embora que a vida é curta
O caminho é longo, meu irmão
[...]
Venha, vamos botar o pé no chão
S’embora que a vida é dura
O caminho é torto, meu irmão
[...]
Nessa terra, nesse céu
Quem é mais conhecedor?
Só o senhor é bacharel!

Somos a tripulação
Quem é mais navegador?
Só o senhor é capitão!”

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