E do sopro fez-se abrir de olhos
E dos olhos fez-se convite à entrega
Ao mergulho
A ser
A sonhar
A brincar e desejar
Brincar de ser dois por desejar ser mais
Ser, depois, verdade em dois
Pra desenhar três sóis
Tais quais meu, seu e nosso.
Se perder em caracóis
Ao dormir, sonhar com o mesmo cais
Onde atracou o primeiro poema de amor
Trazido por garrafa e sal
Saudando sóis e casais: saudando o inteiro de nós
Pra deitarmos em nossos quintais
Absortos no pensamento fulgaz
Soprando por toda parte de nós
Encaracolando mais e mais
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